E aí, vamos voltar a falar de cor? Como eu adoro o tema, resolvi prosseguir com essa prosa, porque li uma matéria bem interessante que fala de cromofobia, esse “medão” que as pessoas têm das cores hoje em dia.
Lá, eu descobri que o artista David Batchelor descreve no seu livro “Cromophobia” que esse medo pode estar enraizado num preconceito da cultura ocidental, que via a cor como uma expressão perigosa de emoção.
Essa noção foi consolidada durante o período colonialista, quando a cor, juntamente com a dança vigorosa, percussão, canto expressivo e outras formas de arte foi codificada como primitiva. Os colonizadores reprimiram as emoções como forma de se declararem superiores aos supostos selvagens que procuravam governar.
E, até hoje, o excesso de cor é frequentemente visto como infantil ou pouco sofisticado. Há o estigma de que se você usa muitas cores é bobo ou não passa seriedade no trabalho.
E você, acha o que dessa história? Já parou para pensar porque diz que detesta vermelho ou roxo? Ou quando faz o comentário, “ah, eu quero a minha parede branquinha porque cor cansa”. Será que cansa mesmo ou somos induzidos a pensar assim?