Num tempo em que a diversidade cultural é tão valorizada, e museus de todo mundo buscam corrigir distorções históricas na representatividade de seus acervos, a ideia de que exista um gosto dominante soa de fato bem anacrônica.
Quem determina o que é bom e ruim, brega e chique, feio e bonito? Esse questionamento se estende a diversas esferas da vida, que incluem a casa e os objetos escolhidos para habitá-la. Acho que o bom é que agora nós vivemos em uma época com muito mais liberdade de expressão. As pessoas são plurais e não querem ficar presas a um estilo só.
O que se tem é o desejo de se afastar de modismos e de tendências para criar uma decoração autêntica que não imita ninguém. Mas ok, o rótulo kitsch ainda carrega nos dias de hoje uma conotação pejorativa. Mas quer saber? É legal a coragem de quem adota esse caminho. Afinal, avaliações estéticas são sempre subjetivas e, quem sabe, a gente evolua para escapar um dia dos objetivos e viver com menos julgamentos.