Para homenagear o cantor, compositor e ator Maurício Tizumba, nasce um novo álbum em celebração às suas cinco décadas de carreira e consolidação como uma das principais referências da música, das artes e do congado de Minas Gerais. O projeto reúne 13 faixas baseadas na obra de Maurício Tizumba e traz colaborações com vários convidados. Os shows de estreia acontecerão em um festival em BH e também em Nova Lima.
O projeto Tizumba África 50 faz ainda uma referência ao criador do estilo musical conhecido com Afrobeat, o nigeriano Fela Kuti e a Africa 70, a banda que o acompanhava. As 13 faixas do álbum também trazem influências dos maestros Moacir Santos e Letieres Leire, além da música negra brasileira dos anos 70 e 80, como Tim Maia. A inciativa é realizada pela Sala da Toscaria, estúdio e selo do músico e produtor Lenis Rino.
Shows em BH e região
O lançamento oficial do projeto acontece no dia 31 de agosto (sábado), às 16h, no Centro de Arte Suspensa e Armatrux (C.A.S.A), em Nova Lima, na Grande BH. O local funciona como um espaço cultural de pesquisa e experimentação, além de sede dos Grupo Armatrux e Companhia Suspensa, e fica localizado no Vale do Sol, em Nova Lima.
Além de celebrar o lançamento do Tizumba África 50, a data também vai marcar a inauguração do Palco Maurício Tizumba, uma estrutura voltada para a rua e aberta a todas as diversas manifestações artísticas no C.A.S.A. O evento tem entrada gratuita.
Já no dia 1º de setembro (domingo), o projeto Tizumba África 50 será uma das atrações da edição especial “Sensacional Celebra”, no Parque Municipal, no centro da capital. O Sensacional é hoje um dos principais festivais de música da atualidade, que há cerca de 15 anos reúne várias gerações em Belo Horizonte.
Os ingressos para o Sensacional Celebra custam a partir de R$ 50 e já estão disponíveis pelo site (acesse aqui). Além de Maurício Tizumba, o palco do festival vai receber artistas como João Bosco, Mart’nália e Letrux, entre outros.
Tizumba África 50
O disco Tizumba África 50 é produzido por Lenis Rino e foi gravado no estúdio Ilha do Corvo. No projeto, Tizumba traz convidados como Ivan Correia, Fernanda Takai, Matéria Prima, Hot e Sérgio Pererê.
A conexão entre Lenis e Tizumba vem de mais de duas décadas de amizade e encontros nos palcos e nas rodas de música da vida. Um projeto comum, porém, começou a se tornar mais real nos últimos dez anos, quando Lenis e Tizumba deram início a uma conversa sobre o desejo de trabalhar juntos.
Essa parceria sempre foi pensada na formação de uma sonoridade “Big Band AfroMineiraBeat”, provocando o encontro entre o congo mineiro, a música de Fela Kuti e, também, a influência de Moacir Santos, Letieres Leite e a música negra brasileira setentista e oitentistas, como Tim Maia.
Desta forma, Lenis pesquisou bases com sonoridades mais antigas e vintage, buscou trabalhar um conceito com raízes tanto na cultura de Minas Gerais, quanto nas raízes africanas e na cultura pop dos anos 1960 e 1970.
“Sem a utilização do click, ou seja, produzindo um som mais “solto”, foi possível chegar próximo às sonoridades dos fonogramas destas décadas. A utilização de “overdubs”, sopros e coros de vozes proporcionarão uma identidade peculiar e inédita na carreira de Tizumba”, explica Lenis.
É um disco que coloca para dialogar a tradição e o novo quando colocado frente a frente o congado mineiro em um formato de big band com a sonoridade do Afrobeat. Porém, e para além de uma conversa sonora e de tradição africana, “Tizumba África 50” é acima de tudo um grande baile para se dançar a música.