18/06/2024
Redação: Prefeitura de Belo Horizonte
Imagem: Suziane Brugnara/PBH
O Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro de Belo Horizonte, passará a funcionar, temporariamente, em horário especial a partir desta terça-feira, 18 de junho. A alteração será, exclusivamente, de terça a quinta-feira, quando o fechamento será às 17h, ao invés das 21h, sendo permitida a entrada de visitantes até às 16h30. Nos demais dias o funcionamento regular será mantido: às sextas-feiras, de 7h às 21h; aos sábados, das 7h às 21h e aos domingos, das 7h às 17h.
A alteração do funcionamento é necessária para a realização do reforço anual da vacinação contra o vírus da raiva dos gatos que vivem atualmente no local, operação rotineira que faz parte do Plano de Manejo conduzido pelas secretarias municipais de Meio Ambiente e de Saúde, além da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica. A previsão de retomada do funcionamento rotineiro do parque ainda não foi definida. Tão logo os trabalhos de reforço da vacinação dos felinos estejam concluídos a área verde voltará a funcionar em horário habitual, até às 21h, de terça a sábado, e aos domingos, das 7h às 17h, com entrada permitida até meia hora antes do fechamento.
Cabe destacar que o plano também inclui o monitoramento da colônia de gatos, com a possível identificação de novos indivíduos, que serão castrados, vacinados contra diversas doenças, além da raiva, e identificados com microchip, que servirá para monitorar os dados sanitários de cada um regularmente, o que já ocorre com os gatos que vivem no parque. Para isso, os técnicos da Zoonoses estarão no parque de terça a quinta-feira, fazendo a captura dos animais para monitoramento e reforço da vacinação. Para aumentar as chances de sucesso e agilizar o trabalho com todos os felinos é necessário propiciar um ambiente mais calmo e silencioso para que os animais não se escondam ou fujam, facilitando as ações.
“É um trabalho preventivo, realizado pela equipe de Zoonoses para garantirmos a saúde dos animais e da população. Ainda não é possível precisar o tempo necessário para fazermos o manejo dos gatos, pois a captura nem sempre é fácil. O mais importante é garantir um ambiente propício para esse trabalho e assegurar que conseguimos identificar todos os indivíduos já conhecidos no último levantamento e, ainda, os possíveis novos felinos”, explicou a subsecretária de Promoção e Vigilância à Saúde, Thaysa Drummond.
“Como estamos no dia a dia no parque e os gatos já identificados pelo plano de manejo possuem uma marcação na orelha, sempre que identificamos algum felino novo no parque, passamos a informação para a Secretaria de Saúde, para que possamos capturá-lo, castrá-lo e microchipá-lo o mais breve possível. É pouco frequente o aumento dessa quantidade de gatos no parque, devido a diversos fatores, como o trabalho de fiscalização feito pela Guarda Municipal contra o crime de abandono, a castração e o manejo dos felinos já identificados e, ainda, pelo comportamento natural da espécie que, sendo muito territorialista, em determinado momento começa a ‘expulsar’ ou ‘atacar’ novos membros que tentem ingressar na colônia já estabelecida. Mas, naturalmente, estamos sempre atentos à questão dos felinos para que possamos controlar a situação e reduzir essa população de gatos no parque num médio prazo, já que ela causa prejuízos à fauna silvestre do local”, afirma Gelson Leite, presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica.
O Plano de Manejo dos felinos do Parque Municipal também inclui o encaminhamento dos animais para programas de adoção, o que ajuda a dar o destino correto e ideal para cada um deles. Os gatos que vivem no parque, além de receberem os cuidados de saúde já citados, são acompanhados diariamente por uma equipe composta de dois biólogos, dois veterinários e um tratador. A ração utilizada na alimentação desses felinos é fornecida pela própria FPMZB, que realiza a compra dentro de critérios técnicos de qualidade nutricional definidos por uma Zootecnista do Jardim Zoológico.
Vale lembrar que a origem dos gatos do parque é o abandono de animais, crime previsto em lei (Lei Federal n.º 9.605 de 1998) e que o infrator está sujeito a diversas penalidades, de multas à prisão, por até cincos anos, sendo a pena aumentada de um sexto até um terço se o crime ocasionar a morte do animal. A Guarda Municipal da capital possui posto de vigilância dentro do parque e está atenta e treinada para abordagens a fim de coibir e registrar tentativas de abandono de animais no local.
Circulação do vírus da raiva em Belo Horizonte
A Secretaria Municipal de Saúde mantém a circulação do vírus da raiva sob vigilância contínua. Sempre que é feito o recolhimento de algum animal com suspeita da doença são realizadas ações de prevenção e bloqueio vacinal para evitar novos casos em animais domésticos. Os Agentes de Combate a Endemias (ACE) são responsáveis por repassar orientações para a população quanto às medidas de prevenção da raiva dentro da área delimitada para a ação.
Cabe ressaltar que a Prefeitura oferta, durante todo o ano, a vacina contra a raiva para cães e gatos em seis locais. Além disso, também é realizada a campanha antirrábica anual. A Prefeitura também mantém ações especiais de vacinação que contemplam os animais de áreas de bloqueio de foco de raiva, como cães errantes recolhidos pelo Centro de Controle de Zoonoses.
Em caso de animais suspeitos de raiva, especialmente morcegos caídos e com comportamento atípico, a população não deve manipular ou descartar o animal. Deve-se acionar imediatamente o serviço de Zoonoses do município (3277-7411 ou 3277-7414), para recolhimento adequado e envio do animal para identificação e diagnóstico laboratorial da raiva.