O Mundial de Clubes vem aí e a pergunta é: “Será que vai?” Durante muito tempo nós chamamos o vencedor do Intercontinental de Clubes, quando o campeão da Libertadores enfrenta o campeão da Champions, como campeão mundial. E os brasileiros mundiais são: o São Paulo, com três conquistas, para mim as melhores da geração Telê Santana
Barcelona e Milan. Corinthians com dois títulos, o do torneio da FIFA disputado no Brasil em 2000 e o conquistado contra o Chelsea em 2012. Santos de Pelé com títulos de 62 e 63. Flamengo com o título da geração de Zico de 81 e o Inter de Porto Alegre em 2006, também o Grêmio de 83 com o Renato Gaucho. Mas depois disso, a dona FIFA resolveu criar um torneio que acontece a cada 4 anos com os campeões continentais em um lugar fixo.
De saída, a praça escolhida foram os Estados Unidos, sede também da próxima Copa do Mundo. A premiação é gorda, com o campeão podendo embolsar até 125 milhões de dólares. A premiação total do PSG da Champions foi de 110 milhões de euros. Ou seja, em termos de dinheiro, o torneio mundial não pode ser desconsiderado. Tá tudo bonito, mas ele só esqueceram de combinar com o público.
É, de acordo com matéria do jornalista Adam Crafton do portal The Athletic, as vendas de ingressos ainda não pegaram. Ele afirma que, até agora, as partidas do Real Madrid e Boca Juniors atraíram público, mas que os outros jogos ainda não viraram. Com medo de ter um torneio grande com arquibancadas vazias, já se fala em cortes de preços de ingressos e na matéria dele, a FIFA parece que vai buscar uma política de preço flutuante.
Os jogos que tiverem mais demanda de público terão os ingressos mais próximos do preço original. Os com menos público vão oferecer desconto. Olha que coisa, gente. Durante a matéria, Adam ainda afirma que há chance de um estádio com capacidade para 60.000 pessoas, ter apenas 20.000 de público. São os desafios de concentrar todos os jogos num só lugar.
Nada que a gente não tenha visto em final da Sul-Americana. Em 2021, com 10.000 torcedores no estádio para 65.000, partida disputada entre Bragantino e Athletico Paranaense, ou no caso da final de 23, que mudou de estádio para escapar de arquibancadas vazias na partida entre Fortaleza e LDU, do Equador, disputada no Uruguai.
Enfim, no caso do Mundial de Clubes, se a torcida conseguir pagar passagem, hospedagem e ainda tiver o visto, as entradas começam na casa dos U$55. Até que não tá ruim, né, comparando com os ingressos para final da NBA que tiveram uma leve oscilação negativa de preço e esse ano estão com o valor médio de apenas $1.169. É isso que você ouviu.
O povo quer ver o jogo, o difícil é chegar lá, seja por acesso ou dinheiro para conferir ao vivo.