A exposição em comemoração aos 80 anos da Escola Guignard, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, vai exibir novas obras em sua segunda fase, de 5 de fevereiro a 23 de março. Intitulada “Estação 2”, a segunda parte da mostra propõe uma visitação com mais obras e maior diversidade de linguagens que a fase anterior.
A mostra como um todo se chama “Quando atitudes se tornam escola”, e é parte da programação de comemorações dos 80 anos da Escola Guignard. Com curadoria do historiador e professor da escola, Júlio Martins, as obras ficarão expostas nas Galerias Arlinda Corrêa Lima, Genesco Murta e Aberta Amilcar de Castro, com entrada gratuita.
Ao todo, são mais de 90 obras de artistas de todas as épocas da Guignard. A exposição apresenta um panorama da criação desses talentos desde 1962 até os mais recentes. A curadoria propõe que o público adentre os ateliês da escola em dois períodos e aprecie obras de diferentes gerações como se estivessem na mesma “sala de aula”.
Curadoria com mais artistas
A segunda fase de “Quando atitudes se tornam escola” possui uma curadoria diferenciada em relação à primeira, com a participação de diversos artistas e professores, deixando a mostra maior. Os visitantes poderão apreciar núcleos de desenho, pintura, fotografia, cerâmica a arte urbana.
A programação incluirá, também, seis seminários e oficinas com os professores e alunos (as datas e temas serão divulgados em breve).
“O público que visitou a primeira estação teve contato com uma exposição mais limpa, mais silenciosa, que reforçava o esvaziamento daquele espaço. Por isso a chamamos ‘Cultivar o Chão’, porque ela tinha uma ênfase muito grande no espaço, no lugar, no chão, desse lugar que foi a escola e hoje é o Palácio”, explicou o curador.
A divisão em fases, segundo Martins, foi uma forma de levar o máximo de obras que passaram pela Escola Guignard. “O recorte temporal, que é de 1962 até 2024, é muito abrangente e o nosso desejo era contar uma história que contemplasse o lugar e uma diversidade grande de artistas”, disse Júlio.
Tendo a diversidade como ponto principal da mostra, um grupo de estudantes da Guignard fará intervenções urbanas em uma das fachadas das galerias. Serão obras nas modalidades pichação, grafite e lambes. O tema do trabalho será a história da Escola Guignard e a arte urbana em Belo Horizonte.