Eu li esses dias que uma exposição em cartaz no Rio, no Centro Cultural dos Correios, que apresenta 69 gravuras do grande artista holandês Rembrandt, virá a Belo Horizonte em novembro para a Casa Fiat de Cultura, onde, por sinal, sempre acontecem mostras bastante relevantes.
E por que é importante comemorar ter uma exposição dessas em BH? Porque ver de perto o trabalho de Rembrandt, esse artista ímpar, é sempre uma oportunidade.
Pode até ter quem vá reclamar: “Poxa, são só uns quadrinhos, né?”. Mas é importante saber que esses trabalhos, maiores do que um selo e menores do que um cartão postal, com ilustrações de mendigos e anônimos da rua, cenas de família e de passagens bíblicas, autorretratos e paisagens, são gravuras muito antigas, produzidas entre 1629 e 1665 e que continuam muito modernas e contemporâneas.
Obras que são um atestado da maestria do artista com a técnica chiaroscuro, que usa luz e sombra para conferir um forte contraste no aspecto visual e muita dramaticidade no plano simbólico. Enfim, ver de perto essa exposição é ver de perto o trabalho de um mestre.
Em tempos em que vemos um monte de gente sem noção no Instagram dando aula disso e daquilo, mostrando produções nada relevantes, é bom se aproximar do trabalho de mestres. Com certeza uma inspiração para a evolução de qualquer artista ou criativo.