Cento e vinte e sete anos bem vividos, hein, Belo Horizonte! Belo–horizontina e bairrista que sou, não deixaria passar esse aniversário sem celebrar a história, os lugares, o sotaque e, óbvio, a cultura líquida riquíssima que a nossa cidade tem. Qual outra cidade tem a alcunha de Capital dos Bares?
A cultura de boteco é uma das mais genuínas e características nossas, não é à toa que por aqui nasceu o agora internacional festival Comida di Buteco. Também, não é sem razão que a primeira cerveja brasileira a ganhar o título de Melhor do Mundo no maior concurso cervejeiro do planeta, que é a World Bier Cup, saiu daqui da nossa Belo Horizonte.
Sem contar bebidas novas como Xeque Mate, que agora viaja pelas festas de rua do país, mas foi inventada bem aqui, numa pequena fábrica do bairro Saudade. E modéstia parte, a primeira coluna de rádio do mundo especializada em cerveja foi criada aqui, por euzinha, 15 anos atrás.
Justamente, Belo Horizonte provando que criatividade e inovação estão no DNA dos belo–horizontinos. Belo Horizonte é para ser bebida sem moderação, é líquido e certo que há muitas e muitas invenções saídas daqui, preenchendo os copos ao redor do mundo. Parabéns, Belo Horizonte, por seus 127 anos, sempre matando a nossa sede.