A Vanity Fair, uma das revistas estadunidenses de maior prestígio na cultura pop e na moda, classificou Fernanda Torres como um “ícone brasileiro”, em matéria publicada nessa terça–feira (26). A matéria entrevistou a atriz e falou sobre a campanha que ela vem fazendo globalmente por “Ainda Estou Aqui”.
A publicação passou pela trajetória de Torres na divulgação do filme, que ocorre fora do Brasil há quase três meses, passando por Veneza, na Itália, por Toronto, no Canadá, por Nova York e por Hollywood, nos EUA. “De modo geral, o filme está surgindo como uma das descobertas mais adoradas da cidade”, escreveu Vanity Fair sobre as exibições do longa–metragem em Los Angeles.
Torres disse que, para ser um artista moderno atualmente, é preciso estar vivo em muitos lugares para sobreviver. “Se você continuar esperando por um convite para um filme ou algo assim, você estará morto. Você tem que se reinventar o tempo todo… Então é muito bom envelhecer”, avaliou Fernanda.
A revista também não deixou de exaltar a carreira da atriz, classificando os pais dela como “icônicos” e elogiando a atuação da atriz em “Eu Sei que Vou Te Amar”, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Cannes. “Tapas & Beijos”, uma das séries mais famosas de Fernanda Torres, foi traduzida para “Slaps & Kisses” na matéria.
Fernanda Torres critica termo ‘nepo baby’
A artista cresceu vendo os pais, Fernanda Montenegro e Fernando Torres, ensaiando textos na mesa do jantar. Ela sentiu, desde cedo, que seu destino era ser artista e continuar a tradição de seus progenitores. “Vamos lá. Meu pai se chamava Fernando. Ela se chama Fernanda. Eu me chamo Fernanda. Freud deveria fazer um caso sobre minha família”, brincou.
“Hoje em dia, neste mundo cruel em que vivemos, é chamado de ‘nepo babies’. Isso é uma tradição, a família do circo – isso é algo lindo. É um trabalho que você pode aprender observando, imitando, vivendo em um ambiente. É como os médicos. Mas não, hoje em dia eles decidiram que somos ‘nepo babies’. Um mundo tão bobo”, opinou Fernanda.
A publicação mencionou o trabalho de Torres em Tapas & Beijos, que a tornou amplamente conhecida. “Ela interpretou uma base de fãs significativa com a força de sua performance arriscada como uma flertadora chorosa, às vezes raivosa, muitas vezes hilária”, escreveu a Vanity Fair.
Segundo a atriz, Walter Salles a resgatou da comédia com “Ainda Estou Aqui”. “As pessoas achavam que eu era uma comediante porque eu era muito popular. Eu sobrevivi com a geração mais jovem porque eu virei meme. Meus memes no Brasil eram como uma febre. Eu acho os memes uma forma superior de arte, tenho muito orgulho”, disse a artista.
Embora admire esse lado de sua carreira, Fernanda Torres se considera mais do que um meme. “Eu gosto de tragicomédias. O Brasil é um país tragicômico. Eu sou uma atriz tragicômica”, definiu.