O vice-campeonato do Cruzeiro na Sul-Americana não há de ser visto com alarmismo, com negativismo ou como uma hecatombe. Em primeiro lugar, deve-se dizer que o clube mineiro perdeu o título para um senhor adversário que, coletivamente, pela qualidade do trabalho do seu atual treinador, anda desfilando nos gramados com um futebol bem consistente.
O 3-4-2-1 de Gustavo Costas privilegia o jogo vertical de passes agudos profundos e passa também pela aplicação de uma forte marcação no campo de ataque.
Noves fora as virtudes de seu oponente, a Raposa precisa olhar para a sua situação e entender que, depois da maior crise institucional já vivida por uma agremiação gigante no Brasil, e de uma gestão, digamos, austera de Ronaldo, os passos mais ambiciosos dados com competência por Pedrinho se iniciaram há pouco tempo e já produzem resultados mais rápidos do que se esperava.
A própria chegada à finalíssima do último sábado, por exemplo, materializara-se qual uma espécie positiva de queimada de etapas para o lado celeste.