Sempre quando vão jogar Galo e Grêmio, Atlético e Vasco, Cruzeiro e Atlético Paranaense ou Raposa e Flamengo, para ficar em alguns exemplos, confraternizações entre as torcidas a priori tidas como adversárias acontecem em diferentes espaços, inclusive, nos arredores dos estádios, antes dos cotejos.
Quando esse tipo de coisa ocorre, boa parte da mídia e dos adeptos caem na esparrela de, inocentemente, decantarem verso e prosa a vigência da amizade no futebol. Sempre fui cético e reticente nessas situações.
Essas supostas demonstrações de civilidade advém, acima de tudo, pelo fato de as principais organizadas dos citados clubes serem, digamos, aliadas. E esse tipo de vínculo, teoricamente positivo, faz parte de uma mesma teia que engloba também rivalidades viscerais entre esses mesmos grupos e os de certa forma correspondentes de outras agremiações.
Logo, alvinegros de Minas e são–paulinos, não me refiro aqui ao cidadão comum e sim aos membros das instituições mencionadas no início da coluna, ou celestes e palmeirenses, conforme vimos nesse fim de semana, via de regra, não podem se cruzar. Muito triste.
Na emboscada da Mancha contra a Máfia, nesse último domingo, uma pessoa morreu e várias ficaram feridas. Que utilizemos mais esse episódio tão nefasto quanto estupido para aprender; cuidado na hora de idealizar elos hipoteticamente bonitinhos, na linha do que descrevo aqui. Eles invariavelmente se entrelaçam com jogos de poder tão nocivos quanto criminosos, que têm o esporte bretão qual o plano de fundo.