O Galo joga daqui a pouco contra o Fluminense e, para passar, provavelmente precisará ficar atento para escapar de alguns estereótipos reducionistas e não tão verdadeiros assim. Mano, de fato, melhorou a defesa do tricolor e deve focar-se sobretudo na marcação no embate de logo mais.
Dizer que o treinador gaúcho tem se limitado a destruir e que desmontou completamente a filosofia então preconizada por Diniz, porém, não é verdade. Os cariocas seguem com bom toque de bola e, se não priorizam a posse de modo tão veemente como antes, não costumam adotar estilo diametralmente oposto nessa seara.
Portanto, fica o alerta: o clube das Laranjeiras edificará ferrolho difícil de furar. Mas, na fase ofensiva não há de abdicar inteiramente da construção, de alguma agressividade. As próprias presenças de peças da estirpe de um Ganso um Árias, de certa maneira, condicionam o conjunto a possuir alguma ambição criativa. Falando do colombiano e fugindo novamente de clichês, lembremos que o jogo no Maracanã provou que ele sabe atuar pelos dois lados, e não apenas pela direita, e que Mano Menezes está longe de mostrar-se limitado na leitura das partidas.
Na ida soube enxergar direitinho a vulnerabilidade de Bruno Fuchs pela beirada, e pode direcionar o uso de seu principal ponta hoje, também dependendo do posicionamento do Atlético.