O Dia dos Pais, mais uma data especial para o varejo, abre as comemorações do segundo semestre. Celebrada este ano no dia 11 de agosto, a data pode injetar cerca de R$1,77 bilhão na economia da capital mineira. É o que aponta uma pesquisa realizada pela CDL/BH (Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte).
O estudo sobre as tendências do comércio no Dia dos Pais revela ainda que a expectativa é que os consumidores comprem dois presentes e gastem cerca de R$190 por produto. As principais formas de pagamento apontadas são o parcelamento no cartão de crédito (60,9%) com uma média de três parcelas; à vista no crédito (24,5%); débito (7,3%) e PIX (6,6%).
Para 76,2% dos entrevistados, os filhos irão manter o mesmo nível de investimento nos presentes em comparação a 2023 e para 2%, os gastos serão maiores. Entretanto, 14,6% esperam uma redução.
“Os comerciantes estão cada vez mais animados com o Dia dos Pais. A data abre as comemorações do segundo semestre e vem se fortalecendo como uma boa oportunidade de vendas”, celebra o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Principais presentes
Os produtos indicados pelos comerciantes como maior tendência a liderar as vendas na data são: roupas (41,2%), utensílios domésticos (13,3%), calçados (12,7%), acessórios (9,7%) e artigos de decoração (4,8%).
Em relação ao estoque de itens, em comparação a 2023, 59,6% afirmam que vão manter o mesmo volume; 26,5% vão aumentar; e 0,7% irão aumentar consideravelmente. Já 12,6% disseram que vão diminuir.
Os principais motivos para a redução de estoque são o aumento excessivo dos preços sem o acompanhamento da renda mensal (55%) e a cautela dos consumidores que pretendem economizar (40%).
“O preço praticado pelos fornecedores tem sido um ponto sensível para os lojistas. Nesta pesquisa, por exemplo, mais de 55% afirmam que os valores aumentaram. Isso, infelizmente, pesa no bolso do comerciante e ele precisa repassar esse custo para o preço final para se manter em atividade”, explica Souza e Silva.
Apesar desse aumento de preços para a aquisição de mercadorias, 39,1% dos lojistas acreditam que as vendas deste ano serão melhores que as do ano passado e 39,7% acham que será igual. Para 19,2% serão piores e para 2%, muito piores.
“Felizmente a confiança do comerciante nas datas comemorativas se mantém estável. Isso é um bom reflexo, especialmente dos acontecimentos econômicos vividos pela capital mineira no primeiro semestre, como redução da inadimplência, manutenção e geração de empregos e renda disponível”, avalia Marcelo de Souza e Silva.
Estratégias de comércio no Dia dos Pais
Liquidação e flexibilidade nos pagamentos seguem como os principais impulsionadores de vendas para o comércio no Dia dos Pais, com aumento percentual em ambos os casos. Em comparação ao último ano, a primeira estratégia foi utilizada por 47,5% dos lojistas na data e, em 2024, será por 61,6%.
Já as facilidades de pagamento aumentaram de 16,6% para 20,5%. A pesquisa mostra ainda que 100% dos entrevistados vão investir em alguma ação publicitária para o Dia dos Pais, um crescimento de 22,6% em comparação ao último ano.
“Essas estratégias são fundamentais para atrair os clientes, especialmente nas compras de datas comemorativas, onde muitos estão em busca de bons preços e facilidade para pagar as compras. É fundamental que os comerciantes estejam abertos a essas estratégias para conseguir potencializar as vendas e também fidelizar clientes”, aconselha o presidente da CDL/BH.
Os entrevistados também citaram estratégias como decoração da loja e vitrine (84,8%), mix de produtos (72,8%), divulgação dos produtos (58,9%), redução do preço dos produtos (1,3%) e aperfeiçoar o atendimento (1,3%). As respostas são de múltipla escolha.
Para divulgar os produtos e as promoções para a data, os principais canais utilizados pelo comércio da capital serão a vitrine (85,4%), boca a boca (78,8%), Instagram (75,5%), WhatsApp (63,6), site próprio (20,5), carro de som (4,6%), Facebook (2%).
A pesquisa
A pesquisa da CDL/BH sobre o o comércio no Dia dos Pais foi realizada entre os dias 15 e 30 de julho de 2024, com 151 comerciantes de Belo Horizonte. A margem de confiança é de 85% e o erro amostral é de 8%. Foram ouvidos empresários dos setores de vestuário (41,1%), papelarias e livrarias (13,2%), calçados (11,9%), joias e bijuterias (7,3%), presentes (4,6%), cosméticos e perfumaria (3,3%), utilidades domésticas (2,6%), utilidades gerais (2%).