Há alguns dias, eu falava sobre o surgimento da primeira bebida fermentada conhecida pelo homem, o hidromel, e percebi quanto é importante falar sobre o processo de fermentação.
Sempre me chamou a atenção em documentários, seja sobre saquê, cerveja, chicha, a explicação para a descoberta da bebida fermentada.
Para todas elas, é a mesmíssima explicação da teoria do esquecimento dos grãos ao relento, que pegam chuva e sol e acabam fermentando. É claro que não seria razoável o homem esquecer o seu alimento ao relento em diferentes e distantes pontos da Terra e, ao mesmo tempo, ainda por cima.
Resta então pensarmos que a descoberta feita pela humanidade foi realmente do processo de fermentação, ao qual o homem não sabia explicar e nem dar nome.
Essa descoberta também não foi por acaso, mas sim fruto de observação e repetição de processos ao longo de séculos. A fermentação espontânea acontece nos frutos maduros que caem das árvores, no mel ou em qualquer alimento que contenha fontes de açúcar.
E foi observando a natureza realizar essa mágica que o homem intuiu que podia replicar o processo com o que colhia da terra. Se fossem uvas ou grãos, mesmo não sendo inventor dos alimentos fermentados, o homem é, sim, protagonista da história da alimentação.