Como eu tenho feito há algum tempo, nas nossas quartas-feiras, eu trago uma rápida fala de um dos capítulos do livro “Toda a dor e todo o amor que sinto aqui”, organizado por mim e pelo Sander Mecca.
Nós convidamos algumas pessoas que pudessem falar sobre uma dor, escrevendo um capítulo em forma de carta. A 12ª carta fala sobre o envelhecimento e foi escrita pela terapeuta ocupacional Renata Seabra e pela assistente social Isabel Isilda, uma senhora de 80 anos.
Ela é participante ativa de movimentos sociais e empreendedora, que resolveu contar uma viagem de férias que fez a casa dos filhos e dos netos. Isabel diz que “a gente vive aprendendo e ensinando o tempo todo, tudo é aprendizado. Quem disse que velho não aprende? Quem disse que velho não tem o que ensinar?”.
“Gosto de usar a palavra velho não como pejorativo, mas para mostrar que todas as outras denominações só mascaram a realidade de que envelhecemos, sim, mas não somos descartáveis”, destaca.
E continua: “Todos nós temos utilidade, sempre há algo para contribuir, o envelhecimento precisa ser naturalizado, afinal, todos envelhecemos, é o curso natural da vida”.
Isabel é totalmente independente, participa de várias iniciativas ligadas ao envelhecimento e à longevidade, ministra palestras e dá entrevistas. E é idealizadora do “Compartilha”, que é um projeto muito legal e intergeracional.