17/07/2024
Redação: Reprodução
Imagem: Divulgação
Mais uma vez, Belo Horizonte será palco do Tudo é Jazz, evento pioneiro do gênero em Minas Gerais e um dos maiores do país, apresentado pela Gerdau. Em sua 22ª edição, o festival homenageará os geniais Ray Charles e Pixinguinha e acontecerá de 19 a 28 de julho, com programação musical totalmente gratuita nos dias 19 (sexta-feira), 20 (sábado) e 21 (domingo).
Dessa vez, os shows acontecerão ao ar livre, no Beco do Drummond (Praça Carlos Drummond de Andrade), na lateral do MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal. “A mudança promete tornar a experiência ainda mais agradável e acolher o público para curtir os espetáculos diretamente na Praça da Liberdade”, explica Rud Carvalho, diretor geral do festival.
EXPOSIÇÃO – A cada edição, o Tudo é Jazz é ilustrado com uma exposição artística e, este ano, trará desenhos e rabiscos de autoria do artista e estilista Ronaldo Fraga, retratando os homenageados, que poderá ser visitada de 19 a 28 de julho, no segundo andar do MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal. “Todas as minhas criações partem do caderno de desenho. Sou um ser analógico. Amo essa coisa do rabisco e do desenho. Desde o primeiro momento que foi proposto e aceito pela direção do Tudo é Jazz que o encontro deste ano fosse entre esses dois gênios da música internacional e brasileira, eu comecei a rabiscar e a desenhar os dois sem compromisso algum. O resultado dessa catarse estará na exposição”, comenta o artista, responsável também pela direção artística do festival, assinando a identidade visual das peças gráficas e a cenografia da exposição itinerante e dos palcos da capital mineira e de Ouro Preto, além de Congonhas, Ouro Branco e Itabirito, por onde o evento também será apresentado.
Neste ano, a curadoria do Tudo é Jazz é do pianista, compositor e arranjador Gustavo Figueiredo e a direção geral do produtor cultural, Rud Carvalho, da New View Entretenimento e Comunicação.
Em Belo Horizonte, o Festival Internacional de Jazz de Ouro Preto – Tudo é Jazz é realizado com patrocínio da Gerdau e da Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. O festival conta ainda com apoio do MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, que possui o patrocínio da Gerdau, e da CBMM. Possui também patrocínio da Brasilcap e do Farid Supermercados, pela Lei Rouanet.
PROGRAMAÇÃO MUSICAL
Batizado “Festival Internacional de Jazz de Ouro Preto – Tudo é Jazz”, o evento acontecia sempre na sua cidade de origem, mas depois da pandemia, cresceu e expandiu para cidades do interior, com o objetivo de democratizar esse gênero musical. E, para alcançá-lo, mescla o jazz a outros estilos de músicas mais elaboradas que atraem novos públicos, principalmente fora de BH e Ouro Preto, onde a cultura do jazz é mais conhecida. “O festival promove o intercâmbio entre os mais variados estilos de jazz do Brasil e do mundo e, com o passar dos anos, veio agregando uma pluralidade sonora, sempre com o jazz como fio condutor”, ratifica Rud Carvalho, diretor do Tudo é Jazz.
A primeira apresentação musical será no dia 19 de julho, às 20 horas, e surpreenderá o público com o menino prodígio, Chrystian Félix, 16 anos. Autodidata em vários instrumentos – piano, flauta doce, bateria, baixo e guitarra – ele se apresentará ao piano, quando mostrará a potencialidade do seu talento, desenvolvido a partir de aplicativos e tutoriais que ensinam notas musicais e partituras.
Em seguida, o contrabaixista, arranjador e compositor Ney Conceição assume o palco às 20h30, para um show de baixo solo, onde percorrerá clássicos da música brasileira e americana, além de composições autorais. Na apresentação, contará com participação especial do pianista Gustavo Figueiredo. Paraense, radicado no Rio de Janeiro, Ney Conceição já trabalhou com grandes artistas da música brasileira como Bezerra da Silva, Leny Andrade, João Donato, Zé Keti, Ivone Lara, Jane Duboc, Elza Soares, João Bôsco, João Nogueira, Gilberto Gil e Caetano Veloso, dentre outros. Apresentou-se também no exterior, acompanhando artistas como Sebastião Tapajós (Argentina e Espanha), Cláudio Dauelsberg (Portugal, Suécia e Suíça) e Robertinho Silva (EUA).
Encerrando a noite, às 21h15, a banda Happy Feet, formada por Thaís Moreira (vocal), Marcelo Costa (trompete e voz), Fred Natalino (piano), Yan Vasconcellos (contrabaixo) e Bo Hilbert (bateria), levará a energia e o clima do jazz e da música popular americana em um tributo memorável ao genial Ray Charles, considerado o pioneiro da soul music, blues e jazz do mundo.
No sábado, dia 20, a programação começa às 19horas com show de Thamiris Cunha, clarinetista mineira e uma das maiores referências da música instrumental brasileira em BH, e a violonista, cavaquinista e compositora, Bia Nascimento. O duo propõe um formato atraente para a linguagem do choro com clarineta e violão seis cordas com uma vasta exploração sonora. Com o conceito de improvisação livre, busca uma linguagem desconstruída do choro para brincar e criar com os sons. O repertório reúne clássicos como Carioquinha e Santa Morena, mas busca inovar com as compositoras mulheres no choro.
Logo após, o percussionista e baterista Eduardo Cubano Espasande se apresenta às 19h45, com o pianista também cubano, Hanser Ferrer, e o baixista colombiano, Gustavo Martines, formando o Trio Latin Jazz. Na seleção musical escolhida, uma diversidade de gêneros latinos como rumba, salsa, bolero, e mambo, que transitam entre os clássicos cubanos e o jazz moderno, vão empolgar a plateia.
A programação de domingo será aberta às 17 horas com o trompetista, arranjador e compositor Marco Lima, que fascina a plateia com a condução do seu instrumento e sua performance jazzística.
Por fim, às 17h45, o tributo à Pixinguinha – considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira e que contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva – será executado pelo percussionista mineiro Tulio Araújo, reconhecido internacionalmente e que se destaca pela irreverência e criatividade no pandeiro. No show, Tulio estará acompanhado por Evan Megaro no piano, Rafael de Sousa no baixo acústico, Bruno Teixeira na flauta e Bernardo Fabris no sax alto. Com essa formação diferenciada, os músicos farão um paralelo entre o choro e o jazz, fechando com chave de ouro a parte musical do evento na capital, que seguirá com a exposição no MMGerdau até o dia 28 de julho.