O retorno do carnaval teve repercussão positiva não apenas para os foliões da capital mineira, mas também para o setor de comércio e serviços. Uma sondagem realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) com 107 empresários da capital mineira, entre os dias 23 e 27 de fevereiro, revelou que para 65,4% dos comerciantes a festa foi positiva e atendeu às expectativas para o período. Já 36,4% dos entrevistados disseram que as vendas cresceram ao longo do mês.
“Havia uma grande expectativa em torno da festa e, felizmente, o resultado foi muito positivo. A cidade foi movimentada por 5,25 milhões de pessoas, sendo 226 mil turistas. A injeção na economia foi de R$ 720 milhões e o comércio impulsionou as vendas durante a festa”, celebra o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
De acordo com a sondagem, os produtos com maior saída foram vestuário (25%), bebidas alcóolicas e não alcóolicas (16,8% cada), adereços (15%), lanches (15%), fantasias (12,1%), glitter/purpurina/adesivos (9,3%), maquiagem (7,5%), calçados (6,5%), confetes e serpentinas (5,6%) e máscaras (5,6%).
A principal forma de pagamento recebida pelos lojistas foi à vista no cartão de crédito (52%). Em seguida estão: parcelado no cartão de crédito (21%), cartão de débito (15,2%), PIX (8,6%), boleto bancário (1,9%) e dinheiro (1%).
Segundo os comerciantes entrevistados, o tíquete médio por produto foi de R$ 84,13. Como os consumidores adquiriram, em média, dois itens, o investimento total foi de R$ 168,26.
Funcionamento do comércio durante a folia
Apesar da autorização para funcionamento durante o carnaval (sem a utilização da mão de obra dos funcionários), 76,6% dos comerciantes não abriram as lojas todos os dias, sendo que a terça-feira, dia 21, foi o dia com o maior número de estabelecimentos fechados (97,6%).
A liberação da prefeitura para que as lojas funcionassem como ponto de apoio e comercializassem bebidas e o uso do banheiro foi utilizada por 14% dos empresários. Desse montante, 60% afirmaram que a autorização contribuiu para aumento nas vendas. “Foi a primeira vez que o comércio atuou como ponto de apoio. Ainda que o tempo de cadastro tenha sido curto, o resultado foi bastante positivo. Acreditamos que nos próximos anos essa parceria com a prefeitura será ainda maior e vai trazer mais comodidade e vantagens para lojistas e foliões”, analisa o presidente da CDL/BH.
Pontos positivos e negativos
A sondagem apurou ainda quais foram, na perspectiva dos comerciantes e prestadores de serviços, os pontos positivos e negativos do carnaval de Belo Horizonte. O levantamento apontou o seguinte:
Positivos
· Aumento das vendas: 48,6%
· Divulgação da cidade: 18,7%
· Policiamento eficiente: 11,2%
· Organização: 9,3%
. Limpeza urbana: 7,5%
Negativos
· Redução do poder de compra: 47,9%
· Trânsito: 19,6%
· Clima e chuvas: 18,7%
. Infraestrutura: 11,2%
. Escassez de banheiros químicos: 6,5%