“Tár” conta a história da maestrina/compositora LydiaTár, a primeira diretora musical da Filarmônica de Berlim. A renomada artista está no topo da carreira. Ela tem o respeito de todos os nomes importantes da área musical e é tida como exemplo por vários artistas que estão começando. Mas, quando se chega a um lugar tão alto, há um caminho muito provável: a queda.
O filme é sobre isso, o declínio da vida pessoal e profissional desta complexa mulher.
No início do longa, é lindo ver como Lydia é poderosa, inteligente e profissional. Porém, o espectador é direcionado a mudar o seu olhar. A admiração dá lugar a outros sentimentos.
A atuação de Cate Blanchett como a protagonista é genial, digna de Oscar ( aliás, é a grande favorita). Ela faz você ficar 100% vidrado em seus discursos, em seus movimentos, em seu trabalho. E é isso que torna o filme tão interessante: é impossível não ficar imerso na complexa história de Lydia.
O filme pode ser considerado “parado”, mas o que dá essa impressão é a sutileza dos acontecimentos, o que o torna ainda mais interessante e faz com que a gente fique totalmente concentrado na trama. Ao fim da história, tive um gosto de “quero mais”. Gostaria de saber e entrar mais na vida da personagem.
Mas esse gostinho não foi pelo roteiro ser ruim ou incompleto. Pelo contrário: é tudo muito bem contado, de uma forma tão intensa, que dá vontade de descobrir ainda mais sobre essa emblemática figura.