Por João Henrique do Vale
Metroviários de Belo Horizonte fazem um protesto, nesta sexta-feira, em frente ao pátio no Bairro São Gabriel, Região Nordeste da cidade. A paralisação do metrô entra no 11º dia com todas as estações fechadas. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) fala em prejuízo de R$ 6 milhões no período da greve.
O Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG) afirma que , até o momento, não foi chamado para negociar com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e o Governo Federal para discutir a situação de 1,6 mil empregados. Com a privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU/MG), os metroviários temem a demissão após o período de um ano de estabilidade que está previsto no contrato de concessão.
Uma nova assembleia dos trabalhadores foi marcada para o próximo sábado na estação Central, em Belo Horizonte. A categoria também vai para Brasília, em 27 de fevereiro, onde fará um ato.
Por meio de nota, o Governo Federal informou que o processo de privatização da CBTU-Minas está sendo acompanhado pelo Ministério das Cidades e pela Secretaria Especial para o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) da Casa Civil.
“O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, por meio da Secretaria de Coordenação das Estatais (SEST), está acompanhando os desdobramentos dessa privatização no que se refere ao destino dos agentes públicos concursados da CBTU-Minas, em direção à melhor solução legalmente possível para esses trabalhadores”, finalizou.
Prejuízos milionários
A CBTU-MG alega prejuízos milionários com a paralisação dos trabalhadores. A Companhia ressalta que deixou de arrecadar R$ 6 milhões, levando em conta, inclusive, o período de Carnaval. “No Carnaval de 2020, o metrô transportou quase 800 mil usuários em todo o sistema, de sexta a terça-feira. Só a estação Central recebeu mais de 150 mil passageiros”, comentou.
De acordo com a CBTU, na sexta, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou o imediato bloqueio do valor de R$250 mil das contas bancárias do Sindimetro, pelo descumprimento de liminar até aquela data.