A Academia do Oscar adora filmes de guerra. “O resgate do soldado Ryan”, “Guerra ao terror”, “Jojo Robbits”, “1917” e “Cartas de Iwo Jima”, são algumas produções que já foram indicadas na premiação. E neste ano, não poderia ser diferente: “Nada de Novo no Front” foi o escolhido para representar o sub-gênero.
Logo no início, é clara a mensagem do diretor Edward Berger: este é um filme de guerra. Para se ter uma idéia, a primeira cena com diálogo aconteceu após quase dez minutos. Nas primeiras cenas, o telespectador encara uma sequência de imagens e fatos do que aconteceu naquela época.
Nada de Novo no Front conta a história de Paul Bamer, adolescente que é convocado para a Primeira Guerra Mundial. O longa mostra como o protagonista e seus amigos estão empolgados com a convocação (o que pra gente é algo inimaginável, mas naquela época, era comum os jovens terem uma visão distorcida e romantizada do que é a guerra).
Sem spoillers, o resumo do filme é tiro, granadas, bombas, perdas, sacrifício, amadurecimento e política. Apenas. E acredito que não é somente pelo sub-gênero da produção, mesmo porque, 1917, que também retratava a Primeira Guerra Mundial, abordou o tema de uma maneira muito mais inovadora, com um belo roteiro, história e fotografia.
A verdade é que Nada de Novo no Front não tem nada de novo no front. É mais um filme sobre guerra. Um longa com uma trilha sonora muito impactante, mas só isso. É mais uma produção com grandes efeitos visuais e uma belíssima fotografia. Sem emoção, sem surpresas, sem personagens carismáticos… É só mais um filme de guerra.